sábado, 27 de setembro de 2008

O Hino dos Ciganos


Gelem Gelem - O Hino Cigano
Consagrou-se oficialmente durante o Primeiro Congresso Cigano em 1971 em
Londres, como o Hino Internacional dos Ciganos uma adaptação feita em uma
canção popular cigana dos países europeus, com versos inspirados nos ciganos
que foram reclusos nos campos de concentração durante a Segunda Guerra
Mundial de autoria do Rom yugoslavo Jarko Jovanovic, de nome DGELEM, DGELEM.
Cuja letra segue abaixo em romany e em seguida traduzida para o português
para conhecimento de seu conteúdo.

Dgelem, Dgelem


Dgelem, Dgelem lungone dromentsa
Maladjilem bhartalé romentsa
Ai, ai, romale, ai shavalê (bis)
Naís tumengue shavale
Patshiv dan man romale
Ai, ai, romale, ai shavalê (bis)
Vi mande sas romni ay shukar shavê
Mudarde mura família
Lê katany ande kale
Ai, ai, romale, ai shavalê (bis)
Shinde muro ilô
Pagerde mury luma
Ai, ai, romale, ai shavalê (bis)
Opré Romá
Aven putras nevo dromoro
Ai, ai, romale, ai shavalê (bis)


Em Português


Caminhei, caminhei longas estradas
Encontrei-me com romá (ciganos) de sorte
Ai, ai ciganos, ai jovens ciganos
Obrigado rapazes ciganos
Pela festa louvor que me dão
Eu também tive mulher e filhos bonitos
Mataram minha família
Os soldados de uniforme preto
Ai, ai ciganos, ai jovens ciganos
Cortaram meu coração
Destruíram meu mundo
Ai, ai ciganos, ai jovens ciganos
Pra cima Romá (Ciganos)
Avante vamos abrir novos caminhos
Ai, ai ciganos, ai jovens ciganos!!!

Bandeira Cigana e seus significados


A Bandeira Cigana, nas cores azul, verde e vermelho, foi aprovada em 1971 em
Londres, Inglaterra, no Primeiro Congresso Mundial Cigano e passou a ser o
símbolo internacional de todos os ciganos.
O azul representa o céu sobre nossas cabeças e os valores espirituais.
O verde representa a natureza, a terra, o orgânico, o crescimento, e as
matas pelas quais muitos caminhos foram abertos pelos ciganos.
A roda vermelha no centro da bandeira representa a Roda Indiana (samsara*).
A roda da bandeira cigana semelhante a roda do vurdón*, tem 16 aros e
significa a evolução do consciente com os mundos superiores.

Samsara
(sânscrito) - Literalmente significa "viajando". O ciclo de existências, uma
sucessão de renascimentos que um ser segue através de vários modos de
existências até que alcance da liberação.

Regressão de Vidas Passadas e Ganchos


É um método psicoterápico e mediunico, que utiliza como recurso terapêutico a regressão e tem por objetivo liberar ou seja desbloquear os Ganchos de Vidas Passadas, trazendo benefícios para o desenvolvimento pessoal e profissional nesta vida.

Excelentes resultados na melhora da auto-estima, solução de conflitos pessoais, familiares e profissionais, cura de doenças psicossomáticas e outros casos.

Regressão, com técnicas onde é analisado o corpo físico, corpo mental, corpo emocional e corpo espiritual, ou seja, completo, onde o ser humano é visto como uma totalidade.

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A Poetisa Cigana Papusza.....


“...A água não olha pra trás.
Foge, corre mais longe,
Onde olhos não a verão,
A água que vaga."
Papusza

Papusza, nome cigano de Bronislawa Wajs, que significa “Boneca”. Papusza era uma cigana polonesa nômade, nascida no início do século XX, que integrava uma caravana (Kumpania) de harpistas. Ela, transgredindo as regras, aprendeu a ler e escrever escondida e, em 1949, teve seus poemas descobertos e traduzidos pelo poeta Jerzy Ficowski. Papusza escrevia e cantava sobre suas vivências. Ela deu um testemunho imperioso sobre o porraimos (a devoração), extermínio dos ciganos nos campos de concentração nazistas, e sobre a vida escondida nas florestas durante a guerra na longa balada intitulada “Lágrimas de Sangue: tudo o que passamos sob o domínio alemão em Volhynia nos anos 43 e 44”.
Como em todas as canções ciganas, a nostalgia era um tema recorrente nos poemas de Papusza: “Ninguém me compreende,/Só a floresta e o rio./Aquilo de que falo/Passou, foi embora,/E levando junto todo o resto.../E os anos de juventude.”
Ficowski apoiava o assentamento dos ciganos e utilizou os poemas de Papusza como propaganda. Papusza foi acusada, pelos ciganos, de ter colaborado com um gadjo e foi julgada por Baro Shero, a mais alta autoridade dos roma. Foi declarada mahrime (impura) e foi condenada a exclusão do grupo. Depois de alguns meses internada num hospital psiquiátrico, ela viveu trinta e quatro anos, até a sua morte em 1987, sozinha e isolada.
Ao contrário do estereótipo romântico do espírito livre, a lei cigana é severa e proíbe a emancipação dos indivíduos em favor da preservação do grupo. Papusza foi condenada à morte em vida sem direito a perdão.

As Raízes da DANÇA CIGANA


Os ciganos adoram dançar. A dança nasce com eles no momento em que abrem os
olhos para enfrentar a dura vida de cigano. Desde criança os ciganos ouvem e
dançam as seguidillas, a rumba, as alegrias e o flamenco - ritmos e sons
tradicionais - produzidos pelas guitarras, violinos, violões, acordeões,
címbalos, castanholas, pandeiros, palmas das mãos e batidas dos pés, que
aprendem desde cedo com parentes e amigos nas festas.
Não existem ciganos profissionalizados através da dança cigana e sim aqueles
que fazem apresentações para divulgar esse lado tão belo e cheio de magia
dessa tradição que a todos fascina.
A dança cigana não é portanto, encarada como um ofício pelos ciganos.
Montagens de balé e de óperas (como Carmen, de Bizet) são representadas por
profissionais de balé não-ciganos (gadjes). Ciganos não freqüentam academias
nem aulas de dança, pois quando dançam, o fazem com a alma, o coração e os
movimentos naturais do corpo, sem nenhuma coreografia pré-concebida.
Como diz Niffer Cortez (uma das poucas dançarinas ciganas) "Marcar uma
coreografia, para o cigano, é prende-lo; é não dar liberdade para os seus
movimentos". Se a colocassem dentro de uma coreografia, com certeza,
cortariam grande parte da emoção espontânea e do inestimável encanto que ela
nos transmite quando dança com toda a sua desenvoltura, arte e beleza.
Como os ciganos eram intrusos no país, muitas leis foram feitas contra
eles.Tinham uma vida difícil e tentavam ganhar dinheiro de todos os modos.
Assim, aproveitavam as apresentações de música e de dança por todos os
lugares que passavam, levando seus ritmos e músicas que mesclavam-se com os
da cultura local. Os ciganos acreditam que espíritos e entidades os
acompanham no dia a dia. Um artista tem que esperar que um ente dele
inspire-o para que seja capaz de fazer a arte verdadeira.

Violino Cigano


Oh cigano, a ária triste e apaixonada
que fazes chorar teu violino entre os dedos,
soa, ainda, como uma doce serenata,
enquanto, pálido, no silêncio escutarei
esta melodia que, em noite perfumada,
meu coração a um outro coração acorrentou-se.
Estribilho

Toca só para mim
oh! Violino cigano...
talvez penses tu, também,
em um amor, longínquo
sob o céu distante...
Se uma secreta dor
faz tremer a tua mão,
esta melodia de amor
faz tremer meu coração,
ó violino cigano.

Tu que sonhas com a doce terra da Hungria,
toca ainda com toda alma cigana...
quero, chorar como tu, de nostalgia
na lembrança de quem meu coração abandonou
como o canto que tu difundes pela estrada,
com o vento, a minha paixão desvaneceu.

Estribilho
Toca só para mim,
etc. etc.

Esta melodia é de amor,
mas o meu amor está distante...
toca, toca para mim
Pois se choro contigo
ó violino cigano!...
(Letra original e música de C. A. Bixio e B. Cherubin)
Trad. de José Carvalho

Oração a Santa Sara Kali, pedindo Proteção e Força.


(antes de iniciar a oração, coloque um copo com água à sua frente)

Sara! Sara! Sara!
Foste escrava de José de Arimatéia
E no mar foste abandonada
(pedir para que saúde, felicidade, amor, dinheiro, nunca nos abandone).

Sara, linda rainha!
Assim como foste consagrada e ajudaste nossa senhora, levando-a para um lugar seguro,
A ti rogo proteção para o meu corpo,
Luz para os meus olhos, para que até na escuridão eu possa enxergar,
Luz e iluminação divina para o meu espírito,
E amor para todos os que me cercam.
Aos pés da Virgem Maria, me colocarás e a todos os que me cercam,
Para que possamos juntos, vencer as dificuldades, as amarguras, as batalhas e as provações da Terra - com fé, com coragem e com dignidade.
Sara! Sara! Sara!
Não sentirei dores, nem temores;
Os espíritos das trevas perdidos não me encontrarão.
E, assim como conseguistes o milagre, no mar sagrado de chegar até terra firme,
A todos aqueles que me desejam mal,
Tu, com a força de tuas águas e a firmeza de tuas terras, me ajudarás a vencer( beber 3 goles de água).
Sara! Não sentirei fome, nem sede, nem dores, nem temores e continuarei caminhando nesta estrada da vida, sem parar.
Assim como as caravanas que passam, deixam rastros de alegria e felicidade,
Teus ensinamentos deixarão e permanecerão no coração do povo Cigano
E no de todo o povo que te buscar, com fé e amor no coração e pureza na alma.
Santa Sara, derrama sempre esse grandioso amor sobre mim, para que eu possa ajudar a todos os que me procurarem,
E ajudada também pelos poderes de meus irmãos ciganos, serei sempre alegre e compreensivo com todos os que me cercam.
“Correndo no céu, correndo na terra e correndo no mundo – Sara! Sara! Sara! Estarás sempre à minha frente”.
-Assim como os ciganos pedem,
Sara, esteja sempre em minha frente, ás minhas costas, aos meus lados direito e esquerdo e assim seremos sempre protegidos pôr Santa Sara - a rainha dos ciganos,
Santa Sara! Rogai pôr todos os ciganos e pôr todos os nossos irmãos!

Rezar: 1 Ave Maria para Santa Sara Kali
1 Ave Maria para seu Anjo da Guarda
1 Ave Maria para você

Linguagem Cigana


A pátria do cigano é a sua língua (romaní) e seu continente a extensão da
memória dos ancestrais. A história dos ciganos é repassada pela oralidade. A
arte de contar histórias e fabular é valorizada e, muitas vezes, a narrativa
assume uma versão fictícia. A origem dos ciganos, provavelmente a Índia, não
é um elemento de preocupação para os ciganos, para eles o ir e vir é a
possibilidade do encontro e não importa de onde ou para onde.
O romaní é uma língua falada. Não há dicionários ou certezas quanto à
grafia.A música também é transmitida pelo ouvido, pois, não há a prática de
notação, e influenciou compositores consagrados como Brahms e Litsz.

Vida Cigana


"De origem incerta, cercado de mistério e preconceitos e impiedosamente perseguido ao longo dos séculos, o povo cigano faz do planeta a sua pátria".Oscar D’Ambrosio

Escravizados na Sérvia e na Romênia, queimados pela Inquisição e perseguidos pelo nazismo, eles tomaram a proteção da natureza como filosofia de vida.

Segundo uma lenda cigana, após criar o homem, Deus reuniu todo os povos do
mundo num lindo gramado e deu direito a cada um de escolher o que quisesse.
Alguns pediram casas, outros riquezas, enquanto os ciganos nada disseram.
Como recompensa, Deus lhes deu o mundo. Daí vem o lema cigano: "A terra é
minha pátria, o céu, o meu teto; a liberdade, a minha religião". "Os ciganos
têm a proteção da natureza como filosofia de vida. Vêem o planeta como seu
lar e, por isso, o preservam".

A realidade dos Ciganos...


Num tempo, muito distante, em terras mais
longe ainda, falando uma outra língua, de
origem ainda mais remota, filhos do vento,
mas que conheciam as leis de voar que nem gaivotas.
Liberdade vesti a cigana, pra cantar o sol...

Esta é a realidade do cigano:
Zelar por trapos e farrapos;
Levar consigo sua cultura
Para manter sua hegemonia
Perpetuá-la de geração em geração.

Escute-me... escute-me gadjô...
Crêem vocês que sejamos tão diferentes?
Que não tenhamos o mesmo coração
E as mesmas lágrimas diante da felicidade?

Quero cantar, para que entendam
Que não se julga um cigano, gadjô
Apenas pela lenda que corre...
Acreditem! Um cigano carrega no peito
A dor, amor e a esperança
Que todos os homens de todas as raças trazem!

Ciganos Filhos do Vento


Os ciganos têm um milênio de história, porém há quem diga que existem há
mais de quatro mil anos. Heródoto, historiador grego (484-420 a.C.) falava
dos ciganos, e os colocava como habitando às margens do rio Danúbio.

Pois ciganos não são uniformes, eles se subdividem em muitos subgrupos que
apresentam diferenças entre eles. São estes os principais: Rom, sinto e
calom, que são compostos por kalderash, matchuaia, horahanê, lovara e
outros. Portanto um grupo pode ou não apresentar todos costumes ou
apresentar diferenças. Entretanto, todos são ciganos e se entendem muito
fácil.

De onde vêm os filhos-do-vento?

Eles se movem como o sol e a lua. São nômades. Ou, antes, são como as ondas.
Estão em toda parte. Chegam e partem rápido. Parecem o vento. Num momento
estão aqui. No outro, sumiram. Numa lufada, deixam traços indeléveis de sua
passagem no eco de sua música, no relinchar de seus cavalos, no sorriso
alegre de suas mulheres. Não, não são vento. São os filhos-do-vento!

O texto acima faz parte de um poema escrito na Pérsia, 200 a 400 anos antes
de Cristo. Um povo é chamado de Filhos do Vento e a ele se refere autor
anônimo como “o povo que veio do rio”, numa alusão ao rio Sind, no norte da
Índia, na região de Gujarat.

O Povo Cigano e a ligação ao Pequeno Egito


Foco de fascínio romântico e ao mesmo tempo de desprezo e preconceito. Osciganos são originários do norte da Índia. Por volta de 1400, bandos dessesexóticos viajantes vagueavam por toda a Europa. Alguns se diziam peregrinos religiosos de um lugar chamado Pequeno Egito; e esta deve ser a origem deseu nome em inglês - gypsies - abreviação de Egyptians. Nos tempos modernos,os ciganos espalharam-se por todo o mundo. Apesar de sua grande dispersão,conservaram sua identidade étnica. Seu apego ao modo de vida nômade - emboratenham substituído suas antigas carroças por trailers - ajudou-os a resistirà assimilação por outras culturas.
Fonte: Mistérios do Desconhecido - Terras e Povos Misteriosos.